Limpo, verde e construído em escala: Enfrentando a mudança climática, juntos
Este ano, representando a InPlanet no Web Summit Rio, nosso CEO e cofundador Felix Harteneck participou de um painel interessante intitulado "Clean, Green, and Built to Scale" para discutir o papel urgente da inovação na tecnologia climática. Ele foi acompanhado por Julia Sekula, CFO da Terradot, e apresentado por Gareth Mitchell. A conversa destacou como startups como a InPlanet estão transformando a ciência em soluções escalonáveis para enfrentar a crise climática. Ela enfatizou o fato de começarmos com o solo sob nossos pés.
Intemperismo das rochas: O mecanismo original de remoção de carbono da natureza
"Todos pensam em árvores quando ouvem 'remoção de carbono'", explicou Felix. "Mas 99% de toda a remoção histórica de CO₂ foi feita por meio do intemperismo das rochas. Esse processo natural envolve a absorção de CO₂ pela água da chuva e a reação com os minerais das rochas."
A InPlanet acelera esse processo espalhando pó de rocha finamente triturado em terras agrícolas. Eles aproveitam o ambiente único do Brasil para aumentar a remoção de carbono em apenas alguns anos, em vez de milênios. Diferentemente das compensações tradicionais, intemperismo acelerado de rochas não é apenas permanente e verificável, mas também oferece co-benefícios para a agricultura. Felix acrescentou: "Os solos brasileiros são altamente esgotados em minerais. Com a aplicação do pó de rocha, observamos aumentos de rendimento de até 35% e redução de fertilizantes em 50%. Isso é transformador para os agricultores."
Construído em escala no Brasil
O dimensionamento está no centro da missão da InPlanet. "Para escalar, você precisa de rocha, terras agrícolas e dados - e o Brasil oferece todos os três", disse Felix. Com mais de 200 milhões de hectares de terras agrícolas e 6 gigatoneladas de resíduos de mineração, o país apresenta uma rara oportunidade. Ele transforma subprodutos em benefícios.
A modelagem da InPlanet sugere que mais de 1 gigatonelada de CO₂ poderia ser removida usando apenas os fluxos de resíduos existentes. Além disso, existe o potencial de capturar até 400 milhões de toneladas por ano em terras agrícolas elegíveis somente no Brasil.
Além disso, o mix de energia verde do Brasil, que é 70% hidrelétrico, significa que o custo de carbono da mineração, do transporte e da aplicação do pó de rocha é excepcionalmente baixo. "Nossos primeiros créditos certificados mostram que apenas 7% do CO₂ é reemitido no processo", compartilhou Felix. Isso torna nosso método um dos mais eficientes e verificáveis do mundo."
Certificação, medição e inovação
A InPlanet tornou-se recentemente a primeira empresa a certificar créditos de carbono de intemperismo acelerado de rochas . Esse marco demonstra a importância do rigor científico na construção de confiança e responsabilidade. A medição da remoção de carbono é complexa, envolvendo amostragem de solo, água e plantas, além de modelagem. Mas a inovação está acelerando o processo. "Estamos trazendo a ciência acadêmica para ambientes de startups", disse Felix, "e reduzindo os ciclos de pesquisa de 5 a 10 anos para apenas seis meses".
O que vem a seguir?
Olhando para o futuro, a InPlanet pretende alcançar seu primeiro megaton de remoção de carbono até 2027. Esse é um marco importante para tornar essa solução um pilar do ecossistema global de remoção de carbono. Mas o caminho a ser percorrido é enorme. "Mesmo na melhor das hipóteses", disse Felix, "precisaremos remover 15 bilhões de toneladas de CO₂ por ano. Esse é um setor que precisa crescer 50% ao ano. Esse crescimento é algo que nenhum setor fez antes. O momento de agir é agora".
À medida que a tecnologia climática se acelera, a InPlanet se orgulha de estar na interseção da ciência natural, da inovação climática e da agricultura regenerativa. Juntamente com agricultores, parceiros e compradores globais, não estamos apenas removendo carbono. Estamos reconstruindo ecossistemas, restaurando solos e redefinindo o que é a ação climática em escala planetária.
